É ASSIM QUE ELES PENSAM !
Compro o seu voto e o de toda a sua família. Pago em dinheiro: metade agora, metade depois da eleição. Cubro qualquer oferta da concorrência: preciso me eleger mais uma vez. Experiência de quem faz isso há muitos e muitos anos. Em mim você pode confiar.
Eu é que não confio em quem se presta a vender o voto. Por isso anoto o número do seu título e a seção. Tenho um programa de computador, importado, que revela se você votou em mim. Ninguém vai me fazer de trouxa. Eu é que faço você de trouxa com essa história absurda de computador. Tem gente que acredita. Outros, na dúvida, votam de medo.
Compro o seu voto e não pechincho. Tenho quatro anos para me recuperar — com juros. Se preferir, mando depositar no banco, é só me dar o número da sua conta. Não conto pra quase ninguém. Palavra de candidato.
Candidato com excelente trânsito entre as autoridades que deveriam punir candidatos que compram votos. A verdadeira excelência. Sigilo quase absoluto, só conto pro pessoal do Café: “Tá vendo aquele palhaço ali, compro o voto dele desde quando vereador não ganhava quase nada”.
Não me cobre trabalho. Cobre o preço que você acha que vale o seu voto, depois, não me encha o saco. Não aceito reclamação. Trabalho é pra político que não pode comprar voto. Coerência não emprega a família de ninguém. A minha? Vai bem, obrigado.
Não caia na conversa fiada de quem diz que estou comprando a sua consciência. Estou comprando é o seu voto, e pagando adiantado — 50% adiantado. Você não deve dar satisfação a ninguém sobre essa coisa pessoal e intransferível que é o seu voto. Na verdade você não deve dar nada de graça a ninguém. Na minha terra é assim.
Se você acha feio dizer na frente dos filhos que vendeu o seu voto, diga que vendeu o seu sufrágio, assim, seco, e ponto final. Ninguém vai perder tempo de ir olhar no dicionário. Vão até achar bom, pensando que sufrágio é uma daquelas velharias que você guarda em caixas de sapato cheirando a naftaleno. Aí, otário, foi conferir pra ver se eu tinha escrito errado, né?
Compro o seu voto e, se você deixar, pinto o meu nome em letras monumentais no muro da sua casa. Por isso você já leva mais um dinheirinho e ainda fica livre da aporrinhação de outros candidatos. Se você preferir, eu te pago para ser fiscal ou cabo eleitoral no dia da eleição. Essa é uma forma disfarçada de comprar votos. O cara não ia votar em ninguém, acaba votando em quem está lhe dando uns trocados — só não contaram para as autoridades.
Eu não tenho escrúpulos. Para mim feio é perder.
Eu não tenho projetos. Prefiro pintar muros e comprar votos. Questão de estilo. Aliás, dizer que não tenho projetos é uma meia verdade. Eu quero, eu desejo ardentemente do fundo do meu coração, é me locupletar.
Vai, infeliz, corre ver no dicionário e volta depressa que eu não tenho tempo a perder.
Como é, vai vender ou não vai?
Eu é que não confio em quem se presta a vender o voto. Por isso anoto o número do seu título e a seção. Tenho um programa de computador, importado, que revela se você votou em mim. Ninguém vai me fazer de trouxa. Eu é que faço você de trouxa com essa história absurda de computador. Tem gente que acredita. Outros, na dúvida, votam de medo.
Compro o seu voto e não pechincho. Tenho quatro anos para me recuperar — com juros. Se preferir, mando depositar no banco, é só me dar o número da sua conta. Não conto pra quase ninguém. Palavra de candidato.
Candidato com excelente trânsito entre as autoridades que deveriam punir candidatos que compram votos. A verdadeira excelência. Sigilo quase absoluto, só conto pro pessoal do Café: “Tá vendo aquele palhaço ali, compro o voto dele desde quando vereador não ganhava quase nada”.
Não me cobre trabalho. Cobre o preço que você acha que vale o seu voto, depois, não me encha o saco. Não aceito reclamação. Trabalho é pra político que não pode comprar voto. Coerência não emprega a família de ninguém. A minha? Vai bem, obrigado.
Não caia na conversa fiada de quem diz que estou comprando a sua consciência. Estou comprando é o seu voto, e pagando adiantado — 50% adiantado. Você não deve dar satisfação a ninguém sobre essa coisa pessoal e intransferível que é o seu voto. Na verdade você não deve dar nada de graça a ninguém. Na minha terra é assim.
Se você acha feio dizer na frente dos filhos que vendeu o seu voto, diga que vendeu o seu sufrágio, assim, seco, e ponto final. Ninguém vai perder tempo de ir olhar no dicionário. Vão até achar bom, pensando que sufrágio é uma daquelas velharias que você guarda em caixas de sapato cheirando a naftaleno. Aí, otário, foi conferir pra ver se eu tinha escrito errado, né?
Compro o seu voto e, se você deixar, pinto o meu nome em letras monumentais no muro da sua casa. Por isso você já leva mais um dinheirinho e ainda fica livre da aporrinhação de outros candidatos. Se você preferir, eu te pago para ser fiscal ou cabo eleitoral no dia da eleição. Essa é uma forma disfarçada de comprar votos. O cara não ia votar em ninguém, acaba votando em quem está lhe dando uns trocados — só não contaram para as autoridades.
Eu não tenho escrúpulos. Para mim feio é perder.
Eu não tenho projetos. Prefiro pintar muros e comprar votos. Questão de estilo. Aliás, dizer que não tenho projetos é uma meia verdade. Eu quero, eu desejo ardentemente do fundo do meu coração, é me locupletar.
Vai, infeliz, corre ver no dicionário e volta depressa que eu não tenho tempo a perder.
Como é, vai vender ou não vai?
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